domingo, 15 de maio de 2016

JUDÔ E CIDADANIA EM MACEIÓ



Na sede da Guarda Municipal de Maceió há um projeto social de relevante valor moral.  Aulas de Judô são ministradas por Irã Candido  para crianças, adolescentes e adultos gratuitamente. São pessoas da comunidade local, parentes de integrantes da Guarda Municipal, atletas experientes e os próprios GM’s. Através de uma parceria, a Secretaria Municipal de Segurança e Cidadania cedeu o espaço para o Instituto Cândido Teles atuar com aulas de Judô.

O projeto teve início com a aquisição de kimonos por meio de doações. Pessoas que tinham um kimono sem uso em casa doaram o material que, imediatamente, serviu para crianças carentes da região. A procura pelas aulas é intensa, o que trouxe um problema: como ampliar o projeto e aumentar as vagas?  Como custear os gastos ficava inviável para Irã, criou-se um sistema onde doações são recebidas, para as aulas de judô dessas crianças e de um outro projeto de judô para pessoas com deficiência, também desenvolvido por Irã Candido.
Os efeitos das aulas já são visíveis. Os pais elogiam e agradecem, os alunos estão num desenvolvimento técnico incrível, participando de competições e vencendo os obstáculos. Assista ao vídeo e conheça esse projeto de judô que é desenvolvido desde 1989, mas agora, também na sede da Guarda Municipal de Maceió.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

JUDÔ PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA



Em 2003 houve em Maceió uma vivência de judô para pessoas com deficiência visual. Uma turma com cinquenta pessoas. Com o término surgiu a ideia de criar em Maceió um local destinado à prática do esporte adaptado. Seria um grande desafio, que Irã Candido aceitou realizar, mas não no formato inicial e sim de uma forma maior. Daí criou-se uma turma de judô para pessoas com deficiência em Alagoas, projeto jamais visto, já que eram 28 alunos com deficiência visual e sem experiência esportiva alguma. Diferente do Judô paraolímpico, onde atletas de judô que por algum motivo perderam a visão, no projeto de Alagoas pessoas com deficiência que nunca tiveram uma experiência esportiva abriram as portas para essa novidade.  Irã fala que o principal é “respeitar a individualidade do aluno. Fazendo assim fica fácil aplicar as aulas.”

A equipe ficou conhecida no Brasil, mas sofreu com a falta de apoio  dos órgãos públicos, chegando ao ponto de ser preciso ensinar os alunos a se locomoverem de ônibus para o Centro Social Urbano do Conj. Santo Eduardo, onde o projeto teve continuidade sem apoio de nenhuma secretaria. Para se ter uma ideia, em 2009 Irã Candido tentou levar o projeto para a Guarda Municipal, mas ,na época, recebeu da direção a seguinte resposta: NÃO SEI PARA QUE UM GUARDA MUNICIPAL FAZENDO PROJETO SOCIAL, NEM VEJO IMPORTÂNCIA EM ESPORTE DESSE TIPO.  
Irã não desistiu e continuou com o projeto, mesmo com o número menor de alunos, já que alguns não possuem autonomia para locomoção. Hoje a equipe faz apresentações e palestras em escolas e faculdades, tentando capacitar outros profissionais para que as aulas fiquem descentralizadas e as pessoas com deficiência tenham opções.