quarta-feira, 18 de julho de 2012

JUDÔ PARA PESSOAS COM DEFICIÊNCIA



Em 2003 houve em Maceió uma vivência de judô para pessoas com deficiência visual. Uma turma com cinquenta pessoas. Com o término surgiu a ideia de criar em Maceió um local destinado à prática do esporte adaptado. Seria um grande desafio, que Irã Candido aceitou realizar, mas não no formato inicial e sim de uma forma maior. Daí criou-se uma turma de judô para pessoas com deficiência em Alagoas, projeto jamais visto, já que eram 28 alunos com deficiência visual e sem experiência esportiva alguma. Diferente do Judô paraolímpico, onde atletas de judô que por algum motivo perderam a visão, no projeto de Alagoas pessoas com deficiência que nunca tiveram uma experiência esportiva abriram as portas para essa novidade.  Irã fala que o principal é “respeitar a individualidade do aluno. Fazendo assim fica fácil aplicar as aulas.”

A equipe ficou conhecida no Brasil, mas sofreu com a falta de apoio  dos órgãos públicos, chegando ao ponto de ser preciso ensinar os alunos a se locomoverem de ônibus para o Centro Social Urbano do Conj. Santo Eduardo, onde o projeto teve continuidade sem apoio de nenhuma secretaria. Para se ter uma ideia, em 2009 Irã Candido tentou levar o projeto para a Guarda Municipal, mas ,na época, recebeu da direção a seguinte resposta: NÃO SEI PARA QUE UM GUARDA MUNICIPAL FAZENDO PROJETO SOCIAL, NEM VEJO IMPORTÂNCIA EM ESPORTE DESSE TIPO.  
Irã não desistiu e continuou com o projeto, mesmo com o número menor de alunos, já que alguns não possuem autonomia para locomoção. Hoje a equipe faz apresentações e palestras em escolas e faculdades, tentando capacitar outros profissionais para que as aulas fiquem descentralizadas e as pessoas com deficiência tenham opções.

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